quarta-feira, 31 de março de 2010

Sentados na relva





Ontem à tarde depois das aulas, quando ia para casa encontrei um grupo de amigos sentados na relva. Convidaram-me a sentar, agradeci o convite e sentei-me perto deles.
Eram jovens do 8º ano e estavam a falar de jogos de computador e de músicas.

Acabei por descobrir que hoje eles no 8º ano, jogam os mesmos jogos e ouvem as mesmas músicas que eu e a minha turma jogávamos e ouvíamos.
Naquele momento senti que aquele grupo de amigos que ali estava sentado na relva, era idêntico ao meu. Havia até algumas parecenças psicológicas com alguns dos elementos do meu grupo, já para não falar das fisicas.
Senti-me novamente como se estivesse na minha antiga escola, a fazer as mesmas coisas que hoje aquele grupo faz.
Saudade, foi o sentimento que naquele momento invadiu o meu corpo, a minha alma e o meu coração, não que não estivesse sempre presente, porque está, mas sim porque as semelhanças eram quase óbvias.
Todos os dias olho para as inúmeras fotos que tenho do meu grupo de amigos e fico nostálgica, ao lembrar todos os momentos que passei com eles, onde e com quem fui completamente feliz, muitas das vezes tambem sentada na relva.
Eu própria e o meu grupo de amigos, sentávamo-nos diversas vezes na relva, a conversar sobre tudo o que se passava durante o dia, a jogar às cartas ou a fazer qualquer outra coisa. Daí aquele grupo me ter chamado tanto à atenção. Eles lembravam-se de me ver lá pela escola, daí o convite para me sentar com eles. Falei muito com eles, vi o meu grupo de amigos ali como que projectado, recordei momentos passados, mas que nunca foram esquecidos.
Fui para casa a pensar naquilo e em tudo o que passei com a minha turma.
Tenho a certeza que aquele grupo de amigos, que hoje se senta na relva, serão o mesmo grupo de amigos que daqui a um, dois, três anos, serão como eu e os meus amigos. Inseparaveis, cúmplices e felizes porque estamos juntos.

mag

terça-feira, 30 de março de 2010

Lamosa

Lamosa não é o fim do mundo, mas sim o principio de tudo, não fica à distância de meros passos, é longe e isso deixa-nos tristes. Lamosa não tem praias com palmeiras, clima tropical, hoteis de luxo ou prados floridos, mas mesmo assim é o nosso sitio preferido, porque para nós tem algo de especial que nos leva a gostar de lá voltar. É uma aldeia mas não significa isto, que seja um sitio sem significado e sem valor, na verdade valor é o que menos lhe falta. Tem o seu encanto e a sua magia apesar de ser uma aldeia do interior. Lá tudo é mágico, o tocar do sino a cada hora, o cheiro a terra molhada quando chove, as histórias que se ouvem ao virar de cada esquina, as tradições que ainda hoje os mais novos fazer por cumprir e seguir à risca com todo o orgulho, o bom dia que se ouve ao passar, os segredos e mistérios que cada lameiro, cada laje e cada penedo tem por desvendar, (…) o barulho dos carros de vacas, a hora de medir o leite, tudo é importante.
É em Lamosa que nos sentimos completos e felizes, quando lá estamos os problemas, a rotina e o stress do dia-a-dia parecem desaparecer, lá nada nos deixa tristes, só mesmo o dia da despedida, aí lembramo-nos de que vamos voltar ao mundo real e temos ainda mais certezas de como Lamosa é importante para nós e na nossa vida, na despedida vemos que tudo vai voltar ao que era e que só nos resta contar os dias e esperar pelo regresso ao conto de fadas, ao mundo encantado, onde somos completamente felizes, e sabem porquê? Porque estamos em Lamosa.




mag

vida

Momentos que passamos, momentos que já vivemos, momentos que passarão.
Para quem acredita, é um mar sem fim, vida após a morte. Para outros, acaba quando fechamos os olhos ao mundo.
A vida é um caminho, que se pode fazer acompanhado ou sozinho.
A vida somos nós, e somos nós que geramos outras vidas, hoje em dia tiramos, mais do que damos.
A vida é alegria e tristeza, esperança e desânimo, amor e dor. É uma roda-viva de sentimentos bons e maus, quando estamos bem não há nada melhor, mas quando acordamos com o “pé de fora” tudo nos corre mal, chegamos mesmo a pensar em morrer, em vez de enfrentar as dificuldades, que por si só, hoje, acredito que existem para nos fortalecer.


mag