segunda-feira, 26 de abril de 2010

Turbilhão de sentimentos

Já alguma vez sentiram um turbilhão de sentimentos?
Eu estou a sentir, e ainda por cima são contraditórios.
Estou feliz, mas ao mesmo tempo triste, estou segura e ao mesmo tempo insegura, sinto-me protegida mas ao mesmo tempo tenho medo. Parece estranho não é? Mas é o que sinto, é a pura das verdades.
É uma sensação tão estranha. Tudo isto é consequência de ter dois mundos, o real e outro, a que eu chamo de conto de fadas.
Agora, no mundo real estou feliz, mas no conto de fadas algo não está bem, e isso deixa-me triste. Sinto-me protegida aqui, mas tenho medo do que está a acontecer no outro mundo.
Com o tempo, tenho vindo a aprender a lidar com tudo isto, mas continua a não ser fácil.
Espero que este turbilhão de sentimentos termine rapidamente. É sinal de que tudo voltou à normalidade, e o conto de fadas voltou a ser o conto de fadas.

mag

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Sinto-me bem com vocês. Cada vez passamos mais tempo juntos e acreditem que não há melhor maneira de passar o dia.
Imagino-me aqui sem vocês, e sinto um vazio. Vocês fazem parte da minha vida e do meu coração.
Connosco tudo é puro e saudável (quase tudo se é que me entendem).
A nossa amizade cresce de dia para dia, e acho que falo por todos quando digo que precisamos uns dos outros para continuarmos felizes.
Cada momentinho é importante. Temos feitios diferentes mas damo-nos bem assim e não pretendemos mudar.
Entre nós há picardias, “bocas”, mas é assim que tudo nos parece perfeito.
Se eu podia viver sem vocês? Podia, mas não era a mesma coisa. Vos amo.

mag

domingo, 25 de abril de 2010

Mundo encantado vs Mundo real

Voltei ao mundo real e tenho saudades do meu conto de fadas.
Não consigo sentir-me livre aqui, sinto-me a sufocar e isso deixa-me perdida.
Quero voltar ao mundo encantado, onde consigo ser feliz, onde posso fazer tudo sem ter de dar satisfações, onde não tenho de mostrar nada a ninguem, lá sou eu mesma, sem problemas.
A sensação de liberdade só a consigo sentir lá. Lá tudo é verdadeiro (…) puro, daí aquilo ser importante para mim.
Tenho saudades das gentes, dos costumes, das tradições, dos meus amigos e de tudo o que vivi com eles.
Quero voltar a sentir, que não tenho nada para provar a ninguem, que basta ser eu mesma, para gostarem de mim. Quero voltar a não me preocupar com coisas futeis.
Pode ser que lá volte, mais cedo do que estou à espera, até lá cabe-me aceitar este mundo real.

mag

estrelas

Aqui estou, sentada no jardim a ver as estrelas. Desta vez estou sozinha, não há uma rampa e não há a tua presença.
O ceu está cheio de estrelas, umas mais brilhantes que outras.
Fixei o olhar numa, brilha tanto que parece querer dizer-me algo, será que és tu a tentar falar comigo?
Nunca dei grande importância às estrelas. Sempre achei bonito ver um céu todo estrelado, mas não passava disso. Mas contigo descobri o valor das estrelas e tenho saudades de quando as víamos juntos.
A lua está a iluminar a tua pulseira(está no meu pulso).
Se à um ano atrás alguem me disse-se que eu hoje ia dar importância às estrelas eu não iria
acreditar, mas hoje ACREDITO, porque tu me fizeste acreditar.
Enquanto escrevo, a tua imagem não me sai da cabeça. Quando penso em estrelas, penso em ti.
Há tanto para dizer...mas se disser tudo hoje, tenho medo que deixe de fazer sentido, medo de que se torne banal. Não quero isso.
Vou voltar para dentro, e desta vez, prometo não chorar.

mag

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Filipe

Ontem, antes de me deitar fui à janela (como sempre) para ver as estrelas. Sentia-me triste e embora possa parecer estranho, ver as estrelas é a unica forma de me sentir mais perto daquele grande amigo, de quem sinto tanta falta.
Não havia estrelas e isso ainda me deixou mais triste.
Tenho saudades. Saudades daquelas noites de verão, em que víamos as estrelas juntos na “nossa” rampa, saudades de quando dizia que tinha medo do silêncio e tu me levavas a casa.
Confio tanto em ti. És o meu guarda-costas (segundo o meu pai), és o meu anjo da guarda e eu a tua deusa protectora.
Tenho medo de te perder, visto que a distância é enorme.
Preciso da tua protecção, da tua amizade e do teu carinho.
És como um irmão mais velho. Gosto de ti desde aqui até às nossas estrelinhas.
Tudo para te dizer que preciso de ti, aqui, ao meu lado.
Adoro-te Filipe Aparicio Dias Gomes.

mag

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Avô

Vivo com o pânico de o perder. Todos os dias tenho provas da importância que tem na minha vida.
Não me imagino sem o ver cada vez que aí vou. Já perdi a avó, não o quero perder a si tambem. Eu não ia aguentar, iria ser demasiado cruel.
Não acredito em heróis, mas em si eu acredito. Toda a gente que o conhece gosta de si (é impossivel não gostarem).
Tenho orgulho em dizer que sou sua neta, que tenho o seu sangue a correr-me nas veias.
Não tenho vergonha de dizer que tenho medo de o perder, não tenho vergonha de me mostrar fraca quando falo de si.
Se um dia partir, vou continuar a amá-lo avô. Passarei a ter dois anjos da guarda.
Promete cuidar de mim para sempre? Preciso de si, desse seu sorriso lindo para ser feliz.
Nunca me deixe sozinha. Cuide de si, a sua neta mais nova ainda precisa do seu carinho.

mag

terça-feira, 20 de abril de 2010

Aulinha

Hoje, na aula de História (8 da manhã), como nao me apetecia ouvir o melhor amigo, nem o professor, resolvi escrever um textinho e como sempre o melhor amigo tentou dar uma espreitadela.

Nunca pensei que isto acontecesse, pensei que era para sempre, mas o “para sempre” é muito tempo.
Já nada é como antes, muita coisa mudou.. Mas só vos quero agradecer, porque graças a tudo isto que aconteceu, comecei a aproveitar o tempo com outros amigos, a fazer outras coisas, que para vocês podem não ser muito importantes mas que para nós tem muito significado, talvez por serem demasiado simples.
Hoje estamos minimamente bem, mas já nada é igual. Talvez daqui a um tempo, voltemos ao que eramos (estou a torcer por isso), mas enquanto isso não acontece, só quero que saibam que eu continuo a aproveitar a minha vida como sempre quis. Não com vocês, mas com outras pessoas que me fazem imensamente feliz e às quais eu agradeço por tudo.

mag

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Texto do concurso

Hoje na minha escola, houve um concurso de escrita e eu resolvi participar. Os temas eram titulos de obras de Fernando Namora (tínhamos de escolher um) e qual é que eu escolhi? "Fogo na noite escura" , por isso aqui fica o meu texto que escrevi no concurso.

A noite já tinha caído quando ouvi o sino da igreja dar três badaladas. Dias antes o meu avô, tinha-me explicado o significado dos vários toques do sino da igreja da nossa aldeia, e o sinal de fogo era na realidade, quando o sino dava três badaladas.
Naquele momento senti que o pânico e a agitação estavam instalados nas ruas. Toda a população daquela pequena aldeia do interior saiu para a rua, para saberem onde é que era realmente o fogo. Todos ficámos mais tranquilos quando soubemos que não era na nossa tão idolatrada terra. Mas como grande parte das pessoas sabe, o povo das aldeias é muito unido e Lamosa é exemplo vivo disso. O fogo era na aldeia ao lado, mas mesmo assim, todos se juntaram para ir ajudar.
Da minha janela eu avistava as labaredas. Eram cada vez maiores, estava vento e isso dificultava o trabalho dos bombeiros e de todas as outras pessoas que lá estavam.
Em Lamosa, o nervosismo estava como que projectado na cara das poucas pessoas que por lá ficaram. Todos tínhamos medo que o fogo chegasse aos terrenos da nossa aldeia, antes de ser extinto.
A noite estava muito escura, mas as labaredas iluminavam tudo à sua volta.
O Sol estava prestes a nascer quando as pessoas que tinham ido ajudar a outra aldeia, começaram a chegar de novo à nossa aldeia. Finalmente o fogo tinha acabado, e graças a muito esforço não chegou aos nossos terrenos.
Este acontecimento fez-me passar a gostar ainda mais da minha aldeia, e a perceber ainda melhor o significado das palavras união e companheirismo.
Nas aldeias é mesmo assim, mas para mim Lamosa é sem dúvida alguma a melhor, e onde faz mais sentido dizer que o povo é sempre unido, nos bons e nos maus momentos.
Amanhã o sino pode voltar a tocar, e desta vez pode ser a nossa aldeia a receber o fogo na noite escura.

mag

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Fogo na noite escura




Já era noite, quando o sino tocou para anunciar que havia fogo.
De um momento para o outro, toda a gente, toda a população daquela pequena aldeia se juntou nas ruas.
O fogo era na aldeia ao lado, mas as labaredas avistavam-se.
A população uniu-se para ajudar no que pudesse. Seguiram todos para o local do fogo com o intuito de que só iriam sair de lá quando o terror tivesse terminado.
A noite estava escura e o fogo parecia não ter fim, o vento era forte o que não ajudava. Os poucos que pela aldeia ficaram, estavam num nervosismo sem explicação.
Mesmo não sendo a nossa aldeia, todo o povo quis ajudar de alguma forma, porque o povo da nossa aldeia é mesmo assim. UNIDO em todos os momentos, sejam eles bons ou maus.


mag

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O sino

Já ouvi vários sinos, de várias igrejas, de vários lugares, de várias aldeias, mas nunca um como aquele que ontem ouvi enquanto seguia a caminho do parque.
Quando ouvi o bater daquele sino, que está lá tão alto, na torre da Igreja Nova, dei por mim como que “pregada” ao chão a ouvir aquele tocar tão mágico, tão intenso.
Cada vez que ele toca (o que acontece a cada a meia hora), eu sinto algo diferente dentro de mim e sei que não sou a única a senti-lo, porque não é só para mim que o bater daquele sino é especial e importante. Pode parecer estranho, eu estar aqui a falar do significado que o bater de um sino tem para mim, mas quem me conhece sabe que para mim tudo naquela aldeia é especial, até mesmo o sino.
Aquele sino tem um toque imponente, que me deixa tranquila cada vez que toca.

mag