terça-feira, 12 de julho de 2011

O tempo passou e ele acabou por se redimir. Mais uma vez, ela estava lá disposta a tentar percebê-lo, a tentar perdoá-lo. Prometeu a si mesma que desta vez não seria tão leve com ele, e não foi.
Para ele não foi fácil admitir o seu erro, pedir desculpa, e ela sabe disso. O orgulho dele, noutra situação não o deixaria dizer aquilo que disse, mas agora que isso aconteceu, ela está feliz.
Não se habituaram à falta das conversas, não se conseguiram conformar com toda esta distância, e ele acabou por tomar a decisão que ela tanto ansiava.
Obrigada A. por teres posto o orgulho de lado, por tudo o que me disses-te e ainda dizes, por me teres relembrado que a nossa amizade era tão importante para ti como para mim.


aula de geografia, 26\05\2011

mag
Ontem quando recebi a boa noticia, chorei e sorri de alegria. Foi uma sensação maravilhosa. Fiquei feliz. Na minha cabeça surgiram logo planos de coisas para fazer daqui a uns tempos com a M.
De repente lembrei-me de ti e acabei por perceber que tal como eu, já tinhas recebido a noticia. Voltei a chorar e desta vez já não foi totalmente por felicidade. Recordei o momento em que te contei que a S. estava grávida (mesmo ela tendo pedido segredo, quis partilhar essa felicidade contigo), mais tarde disse-te que era uma menina e que nome possivelmente viria a ter. Partilhei contigo tudo aquilo que foi acontecendo, e embora pudesse não te interessar (penso que interessava) eu contava.
Tanta coisa partilhada, e no momento mais importante não te pude dizer nada, não te pude dizer que estava feliz. Isso deixou-me triste, mas a decisão foi tua. Espero que tenhas ficado um bocadinho feliz. Noutros tempos seria capaz de dizer “conhecendo-te como conheço sei que ficaste feliz”, mas tal como tu próprio disses-te, eu não te conheço.



Aula de filosofia, 11\05\2011

mag
Não se quer separar dele, mas sabe que é o que tem de ser.
Tem pensado muitas vezes em como irá acontecer tudo daqui para a frente, e isso deixa-a com medo.
Por muito que lhe custe, vai conseguir. Já prometeu várias vezes a si mesma ultrapassar este tipo de coisas e até agora caiu sempre no erro de o desculpar, de compreender o porquê de ele fazer o que fazia. Mais uma vez está disposta a conseguir, mas com medo de não cumprir.
Sempre sentiu uma voz no seu intimo que lhe pedia para esperar por ele, que lhe pedia para ficar ao seu lado. Continua a senti-la, talvez até com uma maior intensidade do que anteriormente, mas agora já não consegue fazer a sua vida em função disso, em função de vozes e sonhos. A partir de agora quer gerir a sua vida baseada em coisas reais, e essas dizem-lhe para não esperar e avançar.
O tempo vai passar, as saudades de uma conversa talvez aumentem, mas com o passar dos dias vai habituar-se, ou pelo menos assim espera.


Aula de história, 02\05\2011

mag
Perdi demasiado tempo com pessoas que não mereciam. Passei ao lado de pessoas que sempre lá estiveram, e essas sim são realmente fantásticas. Elas estavam lá, sempre estiveram e embora eu as visse, nunca lhes dei a importância adequada, a amizade merecida e o respeito e orgulho que hoje tenho por eles.
O tempo foi passando, e eu fui acordando. Finalmente apercebi-me de quem valia ou não a pena, de quem merecia ou não que eu estivesse mais de cinco minutos à conversa, de quem merecia um abraço ou apenas um simples olá seco e frio.
Agora posso dizer que tenho pessoas na minha vida que valem a pena, que merecem um abraço à chegada, várias conversas e confidências. Pessoas que merecem ser chamadas de amigos.
Fico feliz por não ter acordado demasiado tarde, por me ter apercebido a tempo de quem valia a pena, e fico mais feliz ainda por as pessoas que valem, ainda cá estarem, ao meu lado para me fazerem sorrir, para me dizerem que eu mereço tudo de bom e que ainda bem que acordei daquela ilusão onde estava inserida.
Eles agora fazem parte de mim e eu não vou abdicar das conversas, dos abraços, das danças, dos elogios, das brincadeiras e principalmente da amizade, porque a deles sim vale a pena, porque eles sim, merecem.

aula de filosofia, 29\04\2011

mag